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XJ6 2020: último ano da famosa naked esportiva

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A Yamaha XJ6 2020 foi o último ano/modelo da moto naked esportiva, tendo sido lançada em 2010 e com produção encerrada em 2019.

Rival da Honda CB 650F, a XJ6 N era uma esportiva de alta performance com seu forte motor quatro cilindros em linha, com refrigeração líquida e com boa potência, tendo 77,5 cavalos.

Ela também concorreu com a Suzuki Bandit 650 e a Kawasaki ER-6n, outras duas 600 que conviveram com ela no mercado dos anos 2010 no Brasil.

Feita por um período de nove anos, a Yamaha XJ6 2020 é uma boa opção no mercado de motos usadas, entregando desempenho e eficiência, num layout realmente atraente.

Diferente da CB 650F, que evoluiu para a CB 650R, a XJ6 2020 morreu definitivamente porque na Europa sua produção havia sido encerrada poucos anos antes.

XJ6 2020 – novidades

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A Yamaha XJ6 N 2020 não trouxe novidades ao mercado, ostentando ainda as pinturas em tons de azul e cinza, sendo as duas cores disponíveis na época em que o último estoque foi disponibilizado para a rede.

A XJ6 N tinha opção de freios ABS, portanto, algumas unidades podem ser encontradas sem o sistema de anti-bloqueio das rodas, de gerenciamento eletrônica da Bosch.

Com 21 mil unidades produzidas em nove anos de mercado, a XJ6 2020 manteve-se praticamente inalterada nesse período e após sua saída, a Yamaha retirou-se dos segmentos tradicionais, desde 300 até 1.000 cilindradas.

Para isso, vende em seu lugar a Yamaha MT-07, que em nada tem relação com a XJ6 N, um modelo mais tradicional e oriundo da famosa família XJ, enquanto a MT é de uma linha nova e disruptiva.

Encorpada, a quatro cilindros da Yamaha tinha uma boa pegada e chamava atenção pelo farol diamante, pelo cluster digital e pelo enorme tanque de 17,3 litros, que lhe garantia boa autonomia.

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O banco reto do piloto, contrastava com o do passageiro, mais alto e envolvente. A rabeta curta era outra marca da XJ6 N, que tinha ainda um peculiar escape lateral, tão curto que se ocultava sob o moto.

Sem o silencioso tradicional na lateral, a XJ6 N tinha uma estética mais limpa e isso permitiu que os suportes das pedaleiras do passageiro fossem mais pronunciadas e longas.

As carenagens laterais que lembravam asas e as rodas de liga leve aro 17 polegadas, fora os dois discos de freio de 298 mm na frente e 245 mm atrás, empregando pneus 120/70-17 na dianteira e 160/60-17 na traseira.

Tendo preço de venda na época de R$ 34.690, hoje a Yamaha XJ6 2020 está mais valorizada, custando na casa dos R$ 43.000, o que não deixa de ser agora um investimento vender, para quem tem.

Para quem comprará, infelizmente é ter que pagar o preço, que pode ser saber especial, afinal, ela foi a última moto de quatro cilindros da Yamaha no Brasil.

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Depois dela, a MT-07 – que já era vendida com ela – assumiu seu lugar com o tricilíndrico Crossplane, sendo mais leve e com apenas 3 cavalos a menos.

Pesando 210 kg, a XJ6 N é, sem dúvidas, uma moto de uma geração mais antiga de esportivas, que tinham potência na casa dos 80 cavalos, sendo ela uma das mais fracas entre as de sua categoria.

Com 600 cilindradas, a naked japonesa tinha 77,5 cavalos a 10.000 rpm e 6,08 kgfm a 8.500 rpm, além de câmbio de seis marchas e sem embreagem deslizante.

Portando refrigeração líquida e duplo comando no cabeçote, a XJ6 2020 ia de 0 a 100 km/h em 4,5 segundos e com final de 192 km/h, um resultado não muito agradável para quem busca pelo menos passar dos 200 km/h.

Já o consumo era de 18 km/l na cidade e 21 km/l na estrada, tendo assim autonomia de 311 km na cidade e 363 km na rodovia, o que é razoável dado o tamanho de seu motor.

Para alento, nenhuma 600 dessa classe de quatro cilindros, com exceção da antiga Hornet, passa dos 200 km/h, o que é um motivo para não se descartar a Yamaha nessa história.

Ela era mais rápida que as Suzuki Bandit 650 n e Kawasaki ER-6n, porém, perdia em aceleração para a Honda CB 650F.

XJ6 2020 – detalhes

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A Yamaha XJ6 2020 tinha frente com farol simples em estilo diamante, tendo máscara envolvente na parte superior, onde ficava apoiado o cluster análogo-digital com conta-giros por ponteiro e display com velocímetro, nível de combustível e computador de bordo.

O guidão era cônico com apoio sobre uma mesa de alumínio, tendo retrovisores arredondados, manetes de alumínio, manoplas ergonômicas, acelerador, piscas, buzina, farol, lampejo do farol, corte de corrente, partida e pisca-alerta.

O suporte do reservatório de fluido de freio, também fica no guidão, enquanto o tanque logo atrás, com formas curvadas e bocal de abastecimento em estilo aeronáutico, enquanto os dois assentos ficavam em níveis diferentes, com o assento do piloto reto e do garupa envolvente.

A rabeta era curta com lanterna compacta, tendo ainda repetidores de direção no para-lama prolongado, sustentado por um suporte, tendo ainda refletor e suporte de placa.

A suspensão traseira era do tipo Monocross com amortecedor com regulagem de carga e mola helicoidal, além de coroa de corrente lubrificada e protegida por capa, enquanto o disco de freio ventilado tinha 245 mm e pinça de pistão único, com ou sem ABS.

Já a roda era esportiva e de liga leve, tendo aro 17 polegadas e pneu 160/60-17. Logo acima, longos suportes de liga leve sustentavam as pedaleiras do passageiro.

As pedaleiras do piloto ficavam mais abaixo e recuadas, com o motor a dominar o centro da moto, sustentado por um quadro de liga leve de duplo berço, com radiador de água oculto parcialmente sob as aletas laterais envolventes.

O quatro cilindros era pintado de preto e os escapes tinham canos anodizados, ligados a um silencioso oculto sob a carenagem inferior, com uma saída única e curta, de projeção lateral.

Na frente, a suspensão da Yamaha XJ6 2020 era convencional, tipo telescópica e com bengalas normais, tendo ainda a roda dianteira, um para-lama tradicional.

A roda dianteira era de 17 polegadas e com liga leve, tendo pneu 170/70-17 e com disco de freio de 298 mm, sendo ele ventilado, com pinças de duplo pistão, tendo sistema ABS ou não.

XJ6 2020 – versões e cores

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  • Yamaha XJ6 N Azul
  • Yamaha XJ6 N ABS Azul
  • Yamaha XJ6 N Cinza
  • Yamaha XJ6 N ABS Cinza

XJ6 2020 – equipamentos

Yamaha XJ6 N Azul – Motor de 600 cm³ e câmbio de seis marchas, mais farol halógeno, piscas em lâmpadas, lanterna compacta e freios a disco ventilados de 298 mm na frente e 245 mm atrás.

Pinças de 2 pistões na frente e pinça de único pistão atrás, amortecedor traseiro regulável, cluster análogo-digital, pintura azul metálico, entre outros.

Yamaha XJ6 N ABS Azul – Itens acima, mais sistema de freios ABS.

Yamaha XJ6 N Cinza – Itens da XJ6 N Azul, mais pintura cinza metálico.

Yamaha XJ6 N ABS Cinza – Itens da XJ6 N ABS, mais pintura cinza metálico.

XJ6 2020 – preços

  • Yamaha XJ6 2020 N Azul – R$ 43.051
  • Yamaha XJ6 2020 N ABS Azul – R$ 43.051
  • Yamaha XJ6 2020 N Cinza – R$ 43.051
  • Yamaha XJ6 2020 N ABS Cinza – R$ 43.051

XJ6 2020 – motor

A Yamaha XJ6 N 2020 tinha motor de quatro cilindros em linha, construído em liga leve e com refrigeração líquida, além de quatro tempos.

Com injeção eletrônica de alta pressão e captação de ar redimensionada, o propulsor tinha cabeçote de liga leve com quatro válvulas por cilindro, além de dois comandos acionados por corrente.

Tendo 600 cm³ de volume e taxa de compressão de 10,9:1, entregando 77,5 cavalos a 10.000 rpm e 6,08 kgfm a 8.500 rpm.

O câmbio cíclico tinha seis velocidades com embreagem multidisco em banho de óleo, com acionamento mecânico por cabo de aço ajustável.

A transmissão final do conjunto motriz era feita por pinhão e corrente, acionando coroa interna na roda traseira.

XJ6 2020 – desempenho

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  • Yamaha XJ6 N – 4,5 segundos de 0 a 100 km/h
  • Yamaha XJ6 N – 192 km/h de velocidade final

XJ6 2020 – consumo

  • Yamaha XJ6 N – 18 km/l na cidade
  • Yamaha XJ6 N – 21 km/l na estrada

XJ6 2020 – concorrentes

Honda CB 650F

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Lançada em 2014, a Honda CB 650F se tornou a rival direta da Yamaha XJ6 N, chegando com visual moderno e também com desempenho.

Com proposta de posicionamento abaixo da antiga Hornet, que era uma naked derivada das Honda CBR 600F e RR, a CB 650F tem um comportamento mais ameno em relação às motos citadas.

Equipada com motor de quatro cilindros em linha com quatro válvulas por cilindro, a CB 650F tinha 649 cm³ com 87 cavalos a 11.000 rpm, tendo ainda 6,4 kgfm a 8.000 rpm.

Nesse caso, ela tinha mais 10 cavalos a mais de potência, assim como entregando essa força 1.000 rpm acima da XJ6 N.

Já o torque era pouco acima da Yamaha e 500 rpm a abaixo em seu pico máximo.

Em 2019, justamente quando a produção da XJ6 N estava sendo encerrada, a CB 650F ainda ganhou uma atualização que elevou sua potência para 88,5 cavalos, mas com torque menor: 6,22 kgfm.

Com freios ABS e embreagem deslizante, a CB 650F tinha discos duplos frontais em estilo pétala, escape com desenho agressivo e suspensão traseira com braço inclinado.

Indo de 0 a 100 km/h em 3,7 segundos, a CB 650F era bem mais rápida que a XJ6 N, alcançando ainda velocidade final de 200 km/h.

O consumo era de 15 km/l na cidade e 23,5 km/l na estrada, podendo rodar até 406 km com seu tanque de 17,3 litros.

Kawasaki ER-6n

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A Kawasaki ER-6n era outra rival da Yamaha XJ6 N com um visual muito expressivo, chamando atenção para seu conjunto ótico sobreposto e conjunto de quadro e suspensão curvada, ligados por amortecedor em vermelho.

Criando um estilo único, a ER-6n também se destacava pelos bancos largos, discos de freio em estilo pétala e escapamento com design atraente, mas a naked da Yamaha tinha um detalhe importante.

Seu motor era um bicilíndrico de quatro tempos e cabeçote com quatro válvulas por cilindro, tendo injeção eletrônica de combustível e câmbio de seis marchas.

O motor da ER-6n entregava 72,1 cavalos a 8.500 rpm e 6,5 kgfm a 7.000 rpm, tendo menos potência que a XJ6 N, porém, ela tinha mais torque e em rotação mais baixa.

Mesmo assim, a ER-6n era pouca coisa mais lenta que a XJ6 N, indo de 0 a 100 km/h em 4,7 segundos e com final de 200 km/h.

Cluster análogo-digital, quadro de duplo berço, tanque de 16 litros, entre outros, eram outros detalhes da Kawasaki ER-6n.

O modelo seguiu por boa parte do período correspondente da XJ6 N, mas não teve o mesmo impacto em vendas.

Suzuki Bandit 650 n

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Com visual bem antiquado, a Suzuki Bandit 650 n era mais uma rival da Yamaha XJ6 N, utilizando um quadro de duplo berço tubular, que sustentava um propulsor de quatro cilindros em linha de 650 cilindradas.

O motor de refrigeração líquida e injeção eletrônica, tinha aspecto antigo, lembrando um equivalente refrigerado a ar-óleo, mas com boa potência, tendo 85 cavalos a 10.500 rpm e 6,27 kgfm a 8.900 rpm.

Com seis marchas, a Bandit 650 tinha consumo de 18,8 km/l na cidade e 21,4 km/l na rodovia, chegando a 428 km de autonomia com seu tanque enorme tanque de 20 litros.

Pesada, tinha 240 kg e escapamento enorme, com forte influência da década anterior, especialmente no painel, que tinha mostradores analógicos ainda, tendo apenas display do computador de bordo.

XJ6 2020 – ficha técnica

Motor600
Tipo
Número de cilindros4 em linha
Cilindrada em cm3600
Válvulas4
Taxa de compressão10,9:1
Injeção eletrônicaIndireta
Potência máxima77,5 cv a 10.000 rpm (gasolina)
Torque máximo6,08 kgfm a 8.500 rpm (gasolina)
Transmissão
Tipo6 marchas
Tração
TipoCorrente e pinhão
Partida
TipoElétrica
Freios
TipoDisco dianteiro de 298 mm e disco traseiro com 245 mm
Suspensão
DianteiraGarfo telescópico
TraseiraBalança monoamortecida
Rodas e Pneus
RodasLiga leve aro 17 polegadas na frente e liga leve aro 17 polegadas atrás
Pneus120/70-17 na frente e 160/60-17 atrás
Dimensões
Comprimento (mm)2.120
Largura (mm)0.770
Altura (mm)1.085
Entre eixos (mm)1.440
Capacidades
Bagageiro (L)ND
Tanque de combustível (L)17,3
Carga (Kg)ND
Peso em ordem de marcha (Kg)210
Coeficiente aerodinâmico (cx)ND

XJ6 2020 – fotos

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Autor: Ricardo de Oliveira

Técnico mecânico, formado há 27 anos. Há 16 anos trabalha como jornalista no PG jogos, escreve sobre as mais recentes novidades do setor, frequenta eventos de lançamentos das montadoras e faz testes e avaliações. Suas redes sociais: Instagram, Facebook, X

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