A inteligência artificial está ganhando contornos cada vez mais assustadores e a vigilância nas estradas e outras vias públicas não escapou de programas que buscam vigiar os passos de suspeitos no trânsito.
Nos EUA, a tecnologia é conhecida como sistema de reconhecimento automático de placas e você já ouviu falar do mesmo aqui no Brasil.
Todavia, inteligências artificiais estão sendo usada para processar os dados e analisar o comportamento dos motoristas de modo a criar perfis que interessem ao poder público.
Observando a frequência e as rotas individuais de cada motorista, as IA’s conseguem traçar esses perfis, com nome e sobrenome, assim como o modelo do carro, graças aos registros.
Empresas como Rekor, Flock e Jenoptik, utilizam IA para monitorar o trânsito em muitas cidades e estados americanos, vendendo as informações para os departamentos de polícia.
As polícias usam estes perfis para abordar suspeitos apenas por sua frequência em determinadas rotas, como em Nova Iorque, onde um motorista foi abordado numa rota conhecida por ser feita por traficantes.
Na abordagem, foram encontradas 112 g de crack, US$ 34 mil e uma pistola, sendo aí um acerto da IA, porém, o advogado do suspeito disse que fazer a abordagem apenas por ele fazer sempre a mesma rota é ilegal.
Só que a palavra “ilegal” não é um problema para o poder público americano, já que estados como Texas, Alabama e Oklahoma, no chamado Cinturão da Bíblia, compram dados dessas empresas com perfis de motoristas dessa região, que buscam clínicas de aborto na Califórnia, já que o mesmo é ilegal nestes estados.
Mas, os perfis de motoristas registrados por inteligências artificiais são comprados também por empresas particulares, como as redes de lanchonetes McDonald’s e White Castle, que buscam saber horários e frequências de seus clientes por meio das câmeras de segurança.
No entanto, a associação nacional dos direitos civis dos EUA, combate o uso de IA para vigiar os passos dos cidadãos, o que violaria a Quarta Emenda da constituição americana. Vai conseguir? Parece difícil…
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