O relógio da eletrificação gira rápido nos diodos emissores de luz enquanto o ponteiro do cronógrafo analógico da combustão parece cada vez mais lento… Nisso, a indústria automotiva tradicional busca desesperadamente alternativas para o fim dos combustíveis nos motores.
Na China, a GAC anunciou um motor movido a um combustível que pode assustar alguns, como o metanol no passado, sendo esse a amônia gasosa, muito perigosa para o ser humano quando vaza.
Após décadas queimando gasolina e diesel, além de gás natural, metano e etanol, agora a indústria automotiva considera outras opções de menor impacto ambiental, como o hidrogênio e a amônia…
Em tempos sombrios, mais especificamente na primeira metade dos anos 40, a amônia chegou a ser usada como combustível emergencial, enquanto outros lugares, como o Brasil, o não menos perigosos gasogênio…
Contudo, a GAC descobriu que a queima da amônia por motores a combustão comuns, reduz a emissão de CO e CO₂ em 90% numa comparação com os tradicionais derivados de petróleo, como gasolina e diesel.
No entanto, seus níveis de NOx – o temível óxido de nitrogênio que deu no Dieselgate – são bem elevados, sendo preciso um sistema de pós-tratamento robusto para o carro não ser reprovado pelos órgãos ambientais.
Obtida a partir do gás natural, a amônia pode ter seu carbono neutro por meio de processos que usam energia renovável, como solar ou eólica, o que garantia sua neutralidade na guerra ambiental travada pelos governos contra os automóveis.
Ainda assim, por ser um produto perigoso, a amônia não atrai tanto a atenção do setor automotivo, já que sua manipulação iria requerer cuidados extras que tornariam sua infraestrutura de abastecimento cara.
Por isso, um uso específico de motores amoníacos seria o setor marítimo e talvez até o aéreo, assim como o ferroviário, onde a manipulação do combustível se daria com maior segurança e sem a presença de muitas pessoas. Enfim, para carros, não parece nada vantajoso.
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