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Corsa Premium: a sua versão mais elegante

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Topo de linha, embora não totalmente, o Corsa Premium era a versão mais elegante do hatch compacto da GM, assim como de sua variante sedã, já que na época o nome Prisma era usado pelo sedã derivado do Celta.

O Corsa Premium substituiu a antiga GLS, que existia na primeira geração do modelo, conhecido como Corsa B. No “C”, a versão só perdia em preço para a SS (Super Sport), que tinha apelo mais esportivo, embora sem a performance devida.

Na linha do Corsa C, havia ainda as versões de acesso Corsa VHC (1.0), Corsa JoyeCorsa Maxx, que completavam a gama.

É interessante notar que o Corsa Premium não teve motor 1.8 no hatch, existindo este apenas no sedã.

A versão Premium teve ainda motores 1.0 e 1.4. Diferente dos anos 80, a General Motors do Brasil nunca adicionou transmissão automática ao Corsa C por aqui, o que foi uma pena, dada as boas característica do produto.

Corsa Premium

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O Corsa Premium era o topo de linha original, que tomou o lugar do antigo GLS da geração anterior. Essa opção era a mais elaborada, sem detalhes esportivos, que eram características da versão SS.

Apesar da proposta alusiva, dada pelo próprio nome, a versão Premium não era equipada apenas pelo motor mais forte. O Corsa hatch teve ainda opção 1.0 com essa mesma configuração, além do motor 1.4 e 1.8 no hatch.

Essa primazia ficou com o Corsa Sedan Premium, uma vez que o Corsa Premium 1.8 poderia atrapalhar as vendas do Corsa SS 1.8, devido à performance e pacote oferecido.

Então, a GM eliminou o motor mais forte, que acabou estranhamente ficando nas versões Joy, Maxx e na própria SS. Deve-se lembrar, no entanto, que o Corsa C foi vendido de 2002 a 2004 sem denominações.

Corsa Premium – Estilo

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A segunda geração do Corsa foi muito bem sucedida no Brasil e na Europa, com a Opel. O compacto tinha linhas harmoniosas e mostrava evolução natural para seu antecessor, o Corsa B.

Com espaço interno adequado, porta-malas bom e boa robustez mecânica, o Corsa Premium era o máximo em elegância do produto. Essa versão vinha com grade dotada de friso preto com logotipo circular da Chevrolet, inspirada na Opel.

Tendo faróis parcialmente arredondados, o hatch “premium” tinha faróis de neblina para se destacar. Além disso, contava ainda com rodas de liga leve diamantadas e com aro 14 polegadas com pneus 185/60 R14.

O Corsa Premium tinha ainda retrovisores, frisos laterais e para-choques na cor do carro, bem como antena no teto. Estranhamente, as colunas eram também pintadas.

Até as portas traseiras, hatch e sedã eram iguais, inclusive com suas conhecidas maçanetas embutidas. Porém, no primeiro, tinha vigias laterais nas colunas C mais curtas.

Essas colunas eram pequenas e as lanternas verticais ficavam nelas, sendo parcialmente arredondados, fundidas com a vigia traseira, que era bem ampla.

O Corsa Premium tinha logotipia que identificava a versão nas portas dianteiras e também na tampa do bagageiro, que tinha uma maçaneta preta. Já o para-choque curto e envolvente apresentava refletores nas extremidades.

O hatch media 3,833 m de comprimento, 1,646 m de largura, 1,432 m de altura e 2,491 m de entre eixos, além de 44 litros no tanque e porta-malas com 260 litros.

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Por dentro, o Corsa Premium tinha padronagem exclusiva nos assentos, além de parte central do painel em cinza, bem como moldura do cluster e maçanetas.

O Corsa tinha tinha interior “by Opel”, chamando atenção por alguns elementos, como o volante volumoso com couro e airbag do motorista, além de difusores harmônicos e alavanca de marchas com couro e pomo cinza.

O cluster vinha com conta-giros, velocímetro, nível de combustível e temperatura da água, além de várias luzes-espia. A iluminação era amarela e bem chamativa. Já a parte central tinha um display digital com relógio e temperatura externa.

A sensação do Corsa Premium era o sistema de áudio com CD player e MP3 embutidos no painel, o que dava mais destaque à versão, que reproduzida os dados do aparelho no display acima.

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Bem equipada, a versão Premium tinha ainda direção hidráulica, ar condicionado (opcional), vidros elétricos dianteiros, travamento central elétrico com controle na chave, além de alarme. Rodas e faróis de neblina eram opcionais, assim como o som.

Podia receber ainda airbag duplo e freios ABS, algo que torna o Corsa Premium bastante completo. Essa versão tinha ainda alguns itens de destaque, como banco traseiro bipartido com apoios de cabeça e cintos de 3 pontos nas laterais.

Havia também porta-óculos no teto e também apoio de braço central na dianteira. Porém, havia limitações. ABS, airbags e rodas de liga leve aro 14 polegadas eram disponibilizadas apenas com motor 1.8, ficando o 1.0 sem o mesmo cuidado.

O Corsa Premium, assim como a linha 2005, podia vir nas cores Branco Mahler, Preto Liszt, Azul Santorini e Vermelho Lyra, sólidas.

Havia ainda as opções metálicas Verde Adhara, Prata Escuna, Bege Nevada e Cinza Colima, sendo a primeira novidade na linha 2005. A cor Azul Antares era a única perolizada.

Raro mesmo é o teto solar elétrico opcional, um item que hoje em dia valoriza bastante um Corsa Premium usado. O dispositivo surgiu no lançamento em 2002 e foi vendido até 2005.

Corsa Premium Sedan

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No Corsa Premium em versão sedã, o visual frontal era o mesmo do hatch, porém, a traseira era diferente. As colunas C eram maiores e mais avançadas, tendo estas igualmente vigias com área superior.

Mais elegante, o Corsa Sedan reunia elementos mais equilibrados no design, tendo porta-malas mais proeminente, equipado com uma tampa vincada na parte superior, onde havia ainda luz auxiliar de freio.

As lanternas grandes e triangulares davam mais charme e remetiam em estilo ao Astra da época. As lentes ainda eram normais nessa época (2005), enquanto o para-choque era bem envolvente e resolvido esteticamente.

O Corsa Premium em versão sedã media 4,170 m de comprimento, 1,646 m de largura, 1,430 m de altura e 2,491 m de entre eixos. Com o mesmo tanque de 44 litros, seu porta-malas era bem maior: 432 litros.

Atualização em 2009

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Em 2008, a GM introduziu o motor 1.4 no Corsa Premium e nas demais versões, sendo assim eliminados os motores 1.0 e 1.8. É importante lembrar que o hatch teve apenas o motor 1.0 até então, enquanto o 1.8 era exclusividade do sedã.

Na mesma época, cogitou-se uma versão Easytronic do Corsa Premium 1.8 em versão sedã, mas este só existiu em protótipos testados e no marketing da GM, como é possível ver nessa rara foto (acima) da versão automatizada.

Na atualização para a linha 2009, o Corsa Premium manteve airbag duplo e ABS como opcionais, recebendo ainda um leve facelift.

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A grade frontal passou a ter uma barra cromada, com o logotipo Chevrolet dourado, mas ainda dentro de um aro cromado. O para-choque ficou mais esportivo, ganhando grade inferior treliçada preta e recortes mais acentuados no centro.

Novas rodas de liga leve aro 14 polegadas e com seis raios foram introduzidas, além de lanternas escurecidas e colunas pretas. Contudo, o Corsa Premium na carroceria sedã vinha também com saias laterais e traseiras.

O Corsa Premium tinha uma ampla gama de acessórios, inclusive rádios 1din, spoilers, saias laterais, aerofólios, entre outros. A produção do Corsa C foi encerrada em julho de 2012, pouco antes da chegada do Onix.

Corsa Premium – Motores

O Corsa Premium foi produzido com três motores, sendo que até 2008, havia apenas a opção dos 1.0 e 1.8, enquanto a partir dessa data, somente o 1.4 ficou disponível.

Tanto hatch quanto sedã poderiam ter recebido uma caixa automática logo de início, sendo que o mais próximo disso foi a cogitada versão automatizada Easytronic, que acabou ficando apenas para Meriva e Agile.

A embreagem semiautomática foi oferecida apenas na primeira fase do Corsa C no Brasil, antes das nomenclaturas das versões. Então, o Corsa Premium foi um carro que apenas serviu câmbio manual de cinco marchas no cardápio.

Na linha 2005, o modelo chegou com oferta de dois motores, ambos da Família I da GM. O primeiro era o 1.0 VHC, que então não era flexível, sendo abastecido somente com gasolina.

1.0 VHC

Com quatro cilindros e cabeçote de 8 válvulas, esse propulsor tinha taxa de compressão de 12,6:1, bem como 71 cavalos a 6.400 rpm e torque de 8,8 kgfm a 3.000 rpm.

Oferecido para hatch e sedã, o VHC garantia desempenho fraco ao Corsa Premium, que no hatch ia de 0 a 100 km/h em 15,5 segundos com máxima de 157 km/h.

Ainda assim, o consumo era bom, fazendo 12,3 km/l na cidade e 16,6 km/l na estrada. Esse motor morreu sem ser flex na linha Corsa, em 2008.

1.8 FlexPower

Também da Família I da GM, o 1.8 FlexPower equipou o Corsa Premium até 2008, tendo quatro cilindros e cabeçote de 8 válvulas, mas com tecnologia flex na injeção eletrônica, como dizia o nome.

Tornado flex na linha 2005, o 1.8 tinha taxa de compressão de 10,5:1 e entregava 105 cavalos na gasolina e 109 cavalos no etanol, ambos a 5.400 rpm. O torque era de 17,3 kgfm quando na gasolina e 18,2 kgfm no etanol, obtidos em 2.600 rpm.

Nesse caso, o desempenho do Corsa Premium era bem melhor, sendo que no sedã, o tempo até 100 km/h era de 10,4 segundos e a máxima chegava a 184 km/h.

Oferecido apenas no sedã, o 1.8 permitia que o mesmo fizesse 7,6 km/l na cidade e 11,0 km/l na estrada, quando abastecido com álcool. Na gasolina, o Corsa Premium fazia 11,0 km/l na cidade e 16,3 km/l na estrada.

Mais adiante, esse motor foi atualizado para 112 cavalos na gasolina e 114 cavalos no etanol.

1.4 Econo.Flex

O Corsa Premium foi a última versão da geração C do modelo no Brasil e morreu em 2012 com o motor 1.4 Econo.Flex, que também era um derivado da Família I da GM e tinha tecnologia flex.

Era o 1.4 aspirado mais potente da época, sendo que na gasolina entregava 99 cavalos, enquanto no etanol despejava 105 cavalos, ambos a 6.000 rpm, superando até mesmo o Agile em números.

O torque era de 13,1 kgfm na gasolina e 13,3 kgfm no etanol, mas era obtido em rotação bem alta: 4.800 rpm. Com cabeçote de 8 válvulas, o quatro cilindros permitia consumo de 12,6 km/l na cidade e 17,5 km/l na estrada, com gasolina.

O Corsa Premium na versão sedã alcançava 176/180 km/h, respectivamente.

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Autor: Ricardo de Oliveira

Técnico mecânico, formado há 27 anos. Há 16 anos trabalha como jornalista no PG jogos, escreve sobre as mais recentes novidades do setor, frequenta eventos de lançamentos das montadoras e faz testes e avaliações.

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