O Corsa Joy foi a versão de entrada da segunda geração do compacto da Chevrolet, que na época era similar ao Opel Corsa C. Essa opção foi oferecida nas carrocerias hatch e sedã.
Vendido por cinco anos, entre 2004 e 2009, o Corsa Joy teve dois tipos de motor e cada um deles uma atualização. Ele foi oferecido com propulsor 1.0 e também 1.8, apesar de sua proposta.
Sucessor do antigo Wind, a Joy foi uma designação que a Chevrolet passou a usar em 2004 e até recentemente foi utilizada, nomeando a geração antiga de Onix e Prisma, que são chamados de Joy e Joy Plus, respectivamente.
O Corsa Joy como produto, foi importante para manter as vendas do compacto diante do pequeno e antigo Classic, numa época em que a General Motors do Brasil já estava perdendo a sintonia com a Opel.
Em 2012, o Corsa já estava bem envelhecido, mesmo sendo um projeto ainda moderno. Foi substituído pelo Onix, mas ainda sem sua versão Joy, que chegaria após o fim do Classic.
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Corsa Joy Hatch
O Corsa Joy surgiu em 2004 apenas na versão hatch, que tinha quatro portas, tendo motor 1.0 VHC, que também era disponível nas versões Maxx e Premium, assim como o 1.8.
O sedã ainda não tinha versão Joy e, portanto, seu motor 1.0 só estava disponível nas demais versões. O hatch tinha proposta de acesso e isso evidentemente excluía muitos itens de conforto e segurança.
Visualmente, o Corsa Joy era um carro bem simples, ainda assim tinha faróis duplos em lente clara, grade preta com logotipo cromado da Chevrolet, para-choque na cor do carro e sem faróis de neblina.
Nas laterais, o compacto tinha retrovisores e maçanetas na cor preta, tendo ainda antena no teto. As rodas de aço aro 14 polegadas tinha calotas integrais de cinco raios e pneus 175/65 R14. Nas portas, o logotipo Joy era a única identificação.
Na traseira, as lanternas eram envolventes e parcialmente escurecidas, tendo ainda para-choque na cor do carro com refletores. A maçaneta da tampa era preta e esta portava o nome do modelo, o tipo de motor – no caso VHC – e o logo da Chevrolet.
Como projeto, o Corsa Hatch tinha uma carroceria bem aerodinâmica e fluida, com frente baixa e curvada, ostentando faróis curvilíneos e capô com laterais rebaixadas.
A grade era incorporada ao capô, enquanto as maçanetas eram embutidas. As colunas C com vigias laterais eram harmônicas, enquanto a traseira chamava atenção pelas grandes lanternas nas laterais da vigia central.
Por dentro, o Corsa Joy era bem simples e limpo de equipamentos. O volante em forma de meia-lua não tinha ajustes e nem airbag para o motorista.
No entanto, o cluster de fundo preto e grafismos em laranja era completo, tendo conta-giros e velocímetro, assim como temperatura da água e nível de combustível. Os hodômetros eram digitais.
O painel tinha dois tons de cinza e era inteiramente em plástico sem qualquer textura diferenciada. Não havia de série um sistema de som, ficando apenas um porta-objeto acima do local do aparelho 1din, que aí tinha uma tampa simples.
O Corsa Joy tinha de série apenas ventilador com quatro velocidades. Naquela época, a ingratidão com o consumidor era enorme, não tendo nem ar quente de série. Tudo era opcional, praticamente… No Corsa Joy 1.8, a direção hidráulica era de série.
A alavanca de câmbio, diferente do ambiente em sua volta, tinha acabamento similar ao da versão Premium. Os retrovisores tinham ajustes manuais, assim como acionamento dos vidros por manivelas e travas pelas maçanetas internas.
Os bancos eram simples e tinham padronagem colorida na parte central com acabamento em cinza escuro. O espaço interno era mediano, especialmente atrás, mas como não havia muita coisa a bordo, era satisfatório.
O porta-malas com 260 litros, suficiente para as pretensões de seus usuários. O Corsa Joy media 3,822 m de comprimento, 1,646 m de largura, 1,432 m de altura e 2,491 m de entre eixos. Seu tanque tinha 44 litros.
Itens como preparação para som com antena, lavador e limpador do vidro traseiro, desembaçador traseiro, ar quente, ar condicionado, direção hidráulica, vidros dianteiros elétricos e travas, assim como um rádio com CD player, por exemplo, podiam ser adicionados.
Corsa Joy Sedan chega em 2006
Dois anos depois, o Corsa Joy chega à versão sedã do modelo. O Corsa Sedan recebeu a versão com motor 1.0 VHC. O produto tinha visual semelhante ao do hatch, mas com alguns diferenciais.
As rodas de aço aro 14 polegadas tinham calotas de seis raios nesse ano/modelo, tendo também retrovisores e maçanetas na cor preta, bem como para-choques na cor do carro.
Também era dependente de vários opcionais para que fosse um mínimo aceitável em termos de conforto. Geralmente, era oferecidos promocionalmente pelas concessionárias e lojas multimarcas com “ar, direção, vidro e trava”.
Medindo 4,170 m de comprimento, o Corsa Joy Sedan tinha as demais medidas iguais às do hatch, tendo ainda como destaque o porta-malas de 432 litros.
Até as portas traseiras, ele era igual ao hatch, mas as vigias laterais eram menos verticais e as colunas eram avançavam sobre o porta-malas curto. Este tinha uma tampa com corte acentuada na parte superior.
Assim, criava-se a imagem de um defletor de ar natural e dava destaque a essa parte do carro, que também vinha com luz auxiliar de freio na tampa e lanternas triangulares grandes.
Por dento, espaço interno do Corsa Joy Sedan era o mesmo do hatch. Essa configuração do modelo tinha também dois apoios de cabeça no banco traseiro e cintos laterais de três pontos somente, enquanto o central era subabdominal.
O sedã tinha maior apelo com a versão Maxx e a presença do Corsa Classic inibia as vendas do Corsa Joy Sedan. Por isso, ele dura pouco no portfólio da Chevrolet, diferente do hatch, já que o Celta não afetava assim tanto suas vendas.
Motores do Corsa Joy
O Corsa Joy (veja a opinião de dono do Corsa Joy) era originalmente equipado com o motor 1.0 VHC de quatro cilindros que fazia parte da Família I da GM. Com injeção multiponto, mas ainda movido apenas por gasolina, ele vinha com câmbio manual de cinco marchas.
No Joy 1.0 de 2005, o motor tinha 999 cm3 com taxa de compressão de 12,6:1 e cabeçote de oito válvulas, feito em alumínio, enquanto o bloco era de ferro fundido.
Com 71 cavalos a 6.400 rpm, o propulsor 1.0 VHC tinha 8,8 kgfm a 3.000 rpm, fazendo o Corsa Joy ir de 0 a 100 km/h em 15,5 segundos com máxima de 157 km/h.
Na cidade, o consumo era ruim, fazendo 8,6 km/l, nas na estrada entregava bons 14,2 km/l. O hatch pesava 1.045 kg. Já a versão 1.8 Flex Power podia ser abastecida com etanol.
O propulsor era o GM Família II 1.8 8V com as mesmas características técnicas do 1.0 VHC, mas tinha 1.796 cm3 e taxa de compressão de 10,5:1.
Com esse propulsor, o Corsa Joy 1.8 entregava 105 cavalos na gasolina e 109 cavalos no etanol, ambos a 5.400 rpm. Os torques com gasolina e etanol eram de 17,3 kgfm e 18,2 kgfm, respectivamente, obtidos em 3.000 rpm.
Na gasolina, o hatch 1.8 fazia 13 km/l na estrada e 7,3 km/l na cidade. Com etanol, eram 9,9 km/l e 5,7 km/l, respectivamente, mostrando que era bem ruim de consumo urbano com álcool.
Ia também de 0 a 100 km/h em 10,4 segundos e tinha final de 184 km/h, pesando somente 1.072 kg.
Entretanto, o Corsa Joy evoluiu para o motor 1.0 FlexPower em 2007. O propulsor mantinha as características do anterior a gasolina, mas podia ser abastecido com álcool.
Essa variante do Corsa Joy entregava 77 cavalos na gasolina e 79 cavalos no etanol, ambos a 6.400 rpm. No torque, ele tinha 9,3 kgfm e 9,4 kgfm, respectivamente, porém, entregues aos 5.400 rpm. Uma rotação bem elevada, por sinal.
Mesmo assim, pesando 1.015 kg, o modelo era mais econômico, fazendo 10,9 km/l na cidade e 13,2 km/l na estrada, ambos com gasolina. No etanol, eram 7 km/l no ciclo urbano e 8,5 km/l no rodoviário, ainda sendo ruim nesse combustível.
Tinha máxima de 166 km/h e ia até 100 km/h em 14,3 segundos, o que era mais aceitável. Já o Corsa Joy Sedan 1.0 ia pelo mesmo caminho, fazendo 13 km/l na rodovia e 10,5 km/l no trânsito urbano. No álcool, obtinha apenas 6,8 km/l na cidade e 8,4 km/l na estrada.
Todas as versões tinham câmbio manual de cinco marchas com embreagem de acionamento hidráulico.
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