Se hoje o Corolla Altis tem a posição de versão mais cara do sedã da Toyota no Brasil, o Corolla SE-G foi o modelo que ocupou esta posição durante muitos anos até 2010 em nosso mercado.
Ele chegou juntamente com a linha nacional do sedã médio e se manteve em linha por três gerações, até o segundo ano da quarta geração do carro por aqui.
Para justificar o preço bem mais alto que o das demais versões, o Corolla na configuração SE-G apostava em refinamento. Tinha detalhes imitando madeira no acabamento interno e bancos e detalhes com revestimento em couro.
Oferecia também uma série de recursos de conforto exclusivos dentro da gama do Toyota Corolla.
Confira abaixo os principais detalhes das três gerações do Corolla SE-G vendidas no Brasil:
Toyota Corolla SE-G – segunda geração (1998 a 2002)
O primeiro Corolla SE-G começou a ser vendido no mercado nacional juntamente com a segunda geração do sedã médio da Toyota.
O modelo estreou em agosto de 1998, quando a marca japonesa iniciou a produção do Corolla em sua planta de Indaiatuba, no interior de São Paulo, iniciando sua etapa de expansão em nosso País.
A então nova geração do Toyota Corolla (a segunda a ser comercializada por aqui e a oitava a nível global) estreou em três configurações de acabamento: XLi, de entrada, XEi, intermediária, e SE-G, topo de linha. Esses modelos compartilhavam a mesma mecânica, mas se diferenciavam por detalhes visuais e de acabamento, além da lista de equipamentos mais recheada.
Entre os recursos, o Corolla SE-G 1998 oferecia airbag duplo frontal, cintos de segurança dianteiros com pré-tensionador e limitador de força, encosto de cabeça e cinto de três pontos para os cinco ocupantes, ar-condicionado manual, direção hidráulica, vidros elétricos nas quatro portas com sistema antiesmagamento para o motorista, retrovisores externos com ajuste elétrico, travas elétricas, banco do motorista com ajuste de altura, coluna de direção regulável em altura, sistema de som com CD player, bancos revestidos em couro, entre outros.
O sedã saía equipado com um motor 1.8 litro de quatro cilindros a gasolina, com duplo comando de válvulas no cabeçote e 16 válvulas. Tal propulsor gerava 116 cavalos de potência, a 5.800 rpm, e 15,7 kgfm de torque, a 4.800 giros, e trabalhava com um câmbio manual de cinco velocidades ou automático de quatro marchas.
Com este conjunto, o primeiro Corolla SE-G acelerava de 0 a 100 km/h em torno de 10 segundos com câmbio manual e 13 segundos com câmbio automático, com velocidade máxima na casa dos 190 km/h e 180 km/h, respectivamente.
Ainda no conjunto mecânico, o Toyota era dotado de uma suspensão dianteira e traseira do tipo McPherson com barra estabilizadora, projetada e adaptada para as condições do solo brasileiro. Esta suspensão garantia um bom conforto, dentro do esperado pelos consumidores de sedãs médios daquela época.
A respeito do visual, o Toyota Corolla de segunda geração a nível Brasil seguia o padrão mais quadradão dos demais carros de porte médio comercializados naquele ano.
O modelo nacional estreou com um visual retocado, com faróis multirrefletores mais espichados e lanternas traseiras retangulares, meio abauladas, que invadem a tampa do porta-malas.
Por dentro, tinha um bom acabamento, com direito a detalhes em couro, assim como os bancos. Porém, um dos pecados do carro era justamente o diminuto espaço interno, comparável à de alguns sedãs de porte compacto.
Nas medidas, tem 4,39 metros de comprimento, 1,69 m de largura e 1,40 m de altura, com distância entre-eixos de 2,46 m. O porta-malas oferece capacidade para 406 litros de bagagens, o menor entre os seus rivais – considerando Chevrolet Astra Sedan, Fiat Marea e Renault Megane, que têm porta-malas de 460 litros, 430 litros e 510 litros, respectivamente.
Ao longo do tempo, o Corolla SE-G foi recebendo algumas alterações. Entre elas, o sistema de som com disqueteira (CD Changer) de seis discos no painel como item de série, além de maçanetas internas cromadas e detalhes em madeira no acabamento interno das portas.
Este modelo foi comercializado por aqui com preço na casa dos R$ 40 mil. Durou aproximadamente quatro anos nas concessionárias da Toyota no Brasil. Deixou de ser vendido na metade de 2002, quando deu lugar para a terceira geração do Corolla.
Toyota Corolla SE-G – terceira geração (2002 a 2008)
A terceira geração do Toyota Corolla no Brasil e a nona geração nos principais mercados do mundo chegou com um visual mais atual, acabamento interno mais esmerado, dimensões externas e internas mais generosas, novos equipamentos de série e ainda um novo motor 1.8 litro a gasolina.
Uma das grandes novidades foi a adoção do novo motor 1.8 litro flex com o sistema de comando de válvulas variável inteligente, o VVT-i (Variable Valve Timing – intelligent).
No visual, o carro ganhou formas mais arredondadas, bem mais modernas para a época.
Tinha como destaque os grandes faróis com duplo refletor na dianteira, integrados com a linha do capô e do para-choque, além de uma grade frontal com quatro filetes horizontais.
As laterais do carro ganharam formas mais fluidas, com direito a uma linha de cintura mais elevada e vinco marcando as extremidades das maçanetas. Na versão SE-G, ele era equipado de fábrica com novas rodas de liga-leve de 15 polegadas.
Em seu lançamento, ele foi comercializado nas seguintes cores para a carroceria: Branco Regente, Prata Ônix, Preto Pérola, Verde Floresta, Azul Topázio, Cinza Quartzo e Bege Âmbar.
A respeito das dimensões, o carro passou de 4,39 metros para 4,53 metros de comprimento. A distância entre-eixos foi ampliada em 14 centímetros, saltando para 2,60 metros, o que beneficiou principalmente o espaço para as pernas dos ocupantes traseiros. Já a largura foi para 1,70 metros e a altura para 1,48 metros.
Já o porta-malas foi ampliado de 406 litros para 437 litros, possibilitando uma melhor acomodação das bagagens.
De série, o Corolla SE-G 2003 contava com airbag duplo, banco do motorista com regulagem de altura, volante ajustável em altura, vidros elétricos nas quatro portas, retrovisores externos elétricos, travas elétricas com acionamento pela chave, travamento automático das portas a 20 km/h, relógio digital, limpador de para-brisa com temporizador de velocidade, ar-condicionado com ajuste digital de temperatura e sistema de som com CD player e disqueteira com CD changer para seis discos.
Tinha ainda direção hidráulica, painel de instrumentos com sistema Optitron de iluminação permanente (tecnologia herdada dos carros da Lexus, marca de luxo da Toyota), bancos com revestimento em couro, piloto automático, console central entre os bancos dianteiros com porta-copos e porta-objetos, desembaçador do vidro traseiro, aviso sonoro de chave na ignição e de faróis ligados, comando interno de abertura do porta-malas e do tanque de combustível, entre outros.
Outro recurso de série no SE-G era o sistema de freios ABS (antitravamento) com EBD (distribuição eletrônica de frenagem), além de freio a disco nas quatro rodas. Tais itens não estavam disponíveis na antiga geração do Toyota Corolla.
Voltando a falar do motor, o Corolla SE-G na sua então nova geração estreou o 1.8 VVT-i 16V flex, com bloco e cabeçote em alumínio, coletor de admissão de plástico e acionamento por corrente.
Ele passou a render 10 cavalos a mais que o motor usado na geração anterior, alcançando os 136 cv, entregues a 6.000 rpm, enquanto o torque subiu de 15,7 kgfm para 17,5 kgfm, a 4.200 rpm.
A versão de entrada XLi do Corolla usava um 1.6 litro VVT-i flex de 110 cv, com opção de câmbio manual de cinco velocidades.
Esta geração do Corolla chegou ao mercado com preço sugerido de R$ 51,4 mil na versão SE-G. Sua versão de base, a XLi 1.6 com câmbio mecânico, era bem mais barata, partindo de R$ 34,7 mil.
Na época, o Corolla SE-G respondia por somente 10% do total de vendas do Toyota em nosso mercado – o modelo XEi tinha participação de 60%, enquanto o XLi ficava com os 30% restantes.
Entre as novidades, o Corolla ganhou no fim de 2004 mudanças para a linha Corolla 2005. Recebeu uma nova grade frontal, com barras verticais duplas e moldura cromada mais larga na versão SE-G e o logotipo da Toyota transferido para a parte superior da peça. O para-choque também foi redesenhado, mais integrado à carroceria.
Além disso, os faróis ganharam refletores do tipo canhão. Ele passou a contar ainda com novos faróis de neblina com lentes lisas, lanternas traseiras com coloração em tom vermelho e luz de ré, tampa do porta-malas com moldura cromada e novas rodas de alumínio de 15 polegadas (com seis raios para o SE-G).
Entre os equipamentos, o modelo topo de linha ganhou computador de bordo, com comandos no volante e leitura no painel de instrumentos. O equipamento tinha recursos como consumo médio e instantâneo de combustível, tempo percorrido, velocidade média e autonomia de combustível.
Outro novo equipamento para o carro foi retrovisor interno eletrocrômico (antiofuscante) e sensor de chuva.
Fora isso, em maio de 2007, o sedã passou a contar com o motor 1.8 16 VVT-i com tecnologia flex. Porém, manteve os mesmos números de potência e torque do modelo a gasolina, sem variações de acordo com o combustível utilizado.
Ainda nesta geração, a Toyota vendeu a perua Fielder, que nada mais era que um Corolla com visual exclusivo e porta-malas… menor. Tinha 411 litros de capacidade, apenas.
Toyota Corolla SE-G – quarta geração (2008 a 2010)
A décima geração do Corolla no mundo e a quarta geração do carro no mercado brasileiro chegou por aqui no mês de março de 2008.
Em seu visual, o novo Toyota Corolla adotou formas mais robustas. A dianteira ganhou faróis com formato mais marcante e três parábolas internas, grade mais pronunciada e para-choque mais destacado. O capô, por sua vez, passou a exibir vincos mais acentuados.
Nas laterais, o carro passou a exibir linha de cintura mais elevada, formato da carroceria maus fluído e vincos mais marcantes na lataria. Os modelos XEi e SE-G ganharam ainda repetidores de seta nos retrovisores.
Já a traseira ganhou um formato mais musculoso, com lanternas traseiras que seguem o desenho do para-choque e invadem a tampa do porta-malas, com luzes em três parábolas.
Pulando para o lado de dentro, o carro adotou um painel com visual mais moderno. Além disso, o carro ficou mais aconchegante, com 2 cm a mais na largura e mais espaço para as pernas dos ocupantes. Além disso, o carro passou a contar com assoalho plano.
Nas medidas, passou a contar com 4,54 metros de comprimento, 1,76 m de largura e 1,48 m de altura, com distância entre-eixos de 2,60 m. O porta-malas também foi ampliado, indo de 437 litros para 470 litros de capacidade.
Entre os equipamentos, o Corolla SE-G foi um dos mais beneficiados.
Passou a dispor de recursos como airbags frontais e laterais, volante multifuncional, retrovisores externos com rebatimento elétrico, faróis com acendimento automático, acabamento interno em couro bege, banco do motorista com ajuste elétrico, sensor de estacionamento traseiro, sistema de som com quatro alto-falantes e dois tweeters, faróis de xênon com ajuste automático de altura e lavador, rodas de liga-leve aro 16, direção elétrica e ainda acabamento com apliques em padrão madeira.
O motor seguiu sendo o 1.8 VVT-i flex, de até 136 cv e 17,5 kgfm, com câmbio manual de cinco marchas ou automático de quatro marchas.
Nesta nova geração, o Corolla foi anunciado com preço de R$ 87,3 mil para a versão topo de linha SE-G. A versão de entrada do carro partia de R$ 62 mil.
Todavia, o Corolla SE-G foi descontinuado em 2010. Ele deu lugar ao Corolla Altis, versão que até hoje ocupa o posto de configuração mais refinada dentro da linha Toyota Corolla. No mesmo ano, o modelo ganhou o motor 2.0 flex de até 153 cv.
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