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BMW 328i: veja tudo sobre a versão intermediária

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O BMW 328i é uma versão intermediária do Série 3, modelo de tamanho médio da marca de luxo sediada na Baviera.

Esta opção surgiu nos anos 90, quando a famosa geração E36 chegou ao Brasil e tornou o sedã alemão um dos mais cultuados no segmento premium no país.

Mas o BMW 328i chegou apenas para consolidar o que o 325i havia feito inicialmente por aqui.

De lá para cá, essa versão passou a fazer parte do portfólio de produto da Série 3, embora não tenha sido renovada para a atual geração G20 que, por ora, a substituiu pelo 330i, que chegou ao mercado brasileiro por R$ 269.950.

Hoje a marca vende apenas a versão 330e M Sport, por R$ 377.950.

Em quatro gerações, o BMW 328i saltou de 190 para 241 cavalos, passando de um grande motor seis em linha aspirado para um compacto quatro cilindros turbinado.

BMW 328i (E36) – a partir de 1995

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A partir de 1995, o E36 ganhou o BMW 328i. Esta opção substituía o famoso 325i – que fizera sucesso no Brasil com unidades importadas dos EUA e da Alemanha – solidificando a estrada que o luxuoso abrira no reinício das importações brasileiras.

Esta geração foi muito feliz e é considerada por fãs e entusiastas como a melhor da história do Série 3.

Com um design sóbrio e ao mesmo tempo sofisticado, o BMW 328i era a expressão do luxo e da performance.

Em seu coração batia o enorme motor de seis cilindros em linha M52B28, um 2.8 com duplo comando de válvulas no cabeçote, entregando 193 cavalos a 5.300 rpm e 28,6 kgfm a 3.950 rpm.

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O propulsor a gasolina era montado junto com um câmbio automático de 5 marchas no Brasil, embora houvesse opção manual no exterior. Pesando 1.435 kg, o BMW 328i de 1995 voava baixo, indo de 0 a 100 km/h em 7,8 segundos e tendo máxima de 232 km/h.

O consumo urbano era em média 7 km/l, enquanto o rodoviário era de 11 km/l.

A geração E36 exibia um layout realmente atraente e equilibrado. A frente era baixa e trazia um conjunto ótico de faróis duplos e grade dupla com arcos cromados. Esta era integrada ao desenho do capô, sendo assim pouco mais proeminente.

O para-choque era bem horizontalizado, tendo grade contínua na parte inferior, onde abrigava também dois vistosos faróis de neblina.

Com frente geralmente bem baixa, o BMW 328i E36 tinha saias de rodas envolventes, boa área envidraçada, maçanetas das portas embutidas e retrovisores retangulares de bom tamanho.

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A traseira tinha um porta-malas pouco saliente e lanternas quase quadradas, mas bem delineadas no conjunto. O para-choque seguia o mesmo estilo com acabamento cinza, como era característico de toda a base do sedã.

O escape duplo não tinha adornos e sua discrição só desaparecia ao som do belo ronco grave. As rodas de liga leve aro 15 polegadas com pneus 205/60 R15 tinha desenho elegante, pouco esportivo, no entanto.

Com um dos interiores mais bem desenhados entre os carros de luxo, o BMW 328i tinha painel com difusores e console direcionados para o motorista, que apreciava um cluster analógico e clássico, bem amplo e visível.

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Equipado com teto solar elétrico, o BMW 328i E36 era um carro com bancos em couro e muitas outras comodidades, mas com bom espaço para a categoria e um porta-malas com 435 litros. O tanque, por exemplo, era enorme: 65 litros.

O sedã media 4,433 m de comprimento, 1,698 m de largura, 1,393 m de altura e exatos 2,700 m de entre eixos.

O BMW 328i teve no exterior, problemas com alto teor de enxofre no combustível, que afetou duramente a vida útil dos primeiros motores M52.

Em alguns mercados, o modelo cupê recebeu a designação 328is para ser mais exclusivo em relação ao sedã e perua, que eram mais populares. Aliás, a perua Touring gerou admiradores por aqui.

BMW 328i (E46) – a partir de 1999

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O sucesso da E36 fez com que a BMW lançasse a geração E46, uma boa evolução que também foi bem recebida no Brasil. Com ela, manteve-se o BMW 328i, que ganhou contornos mais suaves em relação ao ainda bem retilíneo modelo anterior.

Um dos mais belos Série 3 já feitos, este modelo incorporou parte ínfima da tendência new age da época, que produziu modelos desastrosos em várias partes do mundo. O BMW 328i E46 tinha uma carroceria mais envolvente, reduzindo o arrasto aerodinâmico de 0,32 de cx do E36 para 0,31 de cx.

A frente ficou menos baixa visualmente, porém, mais curvada e com capô fundindo-se com a grade dupla clássica. Os faróis duplos ficavam ainda dentro de uma única lente, agora mais suavizada.

Chama atenção os piscas laranjas e independentes.

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O para-choque da BMW 328i tinha três níveis com protetor emborrachado, faróis de neblina e, mais abaixo, a grade contínua. A área envidraçada continuava grande e agora as linhas eram mais esguias, especialmente as colunas C, sempre bem vistosas e robustas, que desciam sobre uma traseira curta e suavemente inclinada para trás, dando fluidez ao conjunto.

Assim, a tampa do porta-malas ficava mais proeminente, bem como o topo das lanternas triangulares, que tinha prolongamentos no bagageiro, incluindo as luzes de ré. Nesta ainda ficava a placa em um local amplo e iluminado, devidamente.

O para-choque vinha com duas linhas de expressão e o escape duplo era ainda mais discreto.

As rodas de liga leve de sete raios eram quase universais e eram calçadas com pneus 205/55 R16. Por dentro, o BMW 328i agora tinha volante multifuncional com o mesmo estilo do anterior, mas com comandos de mídia e piloto automático.

Outro volante, de três raios, era oferecido no exterior.

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O painel deixou de ser tão exclusivo, seguindo tendência da época, mas com detalhes em madeira e materiais de primeira. O sistema de áudio com CD (6 discos) era embutido, enquanto o ar condicionado automático era outro destaque.

O cluster ganhara um econômetro, item que seguiria vários modelos da BMW nos anos seguintes. O console central tinha acabamento em madeira, tanto no automático quanto no manual.

Bancos elétricos com memória e teto solar elétrico eram alguns dos itens oferecidos no BMW 328i, que tinha 4,471 m de comprimento, 1,739 m de comprimento, 1,415 m em altura e 2,725 m de entre eixos. O porta-malas tinha 440 litros, 5 a mais que o E36 e o espaço interno ampliara pouco.

Pesando 1.430 kg, 5 kg a menos, o BMW 328i E46 vinha com o mesmo M52, só que na versão B28TU com 2.8 litros e os mesmos 193 cavalos, mas a 5.300 rpm.

O torque também era o mesmo: 28,6 kgfm, só que agora em rotação mais baixa, de 3.500 rpm.

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O câmbio permanecia em cinco marchas no automático, fazendo com que o bólido fosse de 0 a 100 km/h em 8,1 segundos com máxima de 237 km/h. Perdeu-se em aceleração, mas ganhou-se em final, pouco.

O consumo piorou, fazendo média de 5,8 km/l na cidade e 9,7 km/l na estrada. O tanque ficou 2 litros menor, armazenando 63 litros.

Lá fora, o BMW 328i foi vendido como 328Ci na versão cupê, mas felizmente não existiu na desastrosa variante hatch, que se seguiu ao Série 3 Compact do E36.

Com o novo motor M54 de seis cilindros e 3.0 litros, que chegou a 228 cavalos na época, a versão deixou de ser oferecida momentaneamente a partir de 2000.

BMW 328i (E90) – a partir de 2007

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Mas, o BMW 328i voltaria na geração E90. Essa chama atenção por um motivo básico, não foi vendida no mercado brasileiro. O modelo surgiu em 2005, mas só dois anos depois, lá fora, é que a versão desta matéria apareceu.

Com linhas bem envolventes, o luxuoso alemão ficou muito atraente em termos de estilo.

Ganhando faróis duplos de xênon com os famosos “angel eyes” de LED envolventes, assim como vincos bem suaves e contornos fluidos, criando um perfil bem aerodinâmico.

A grade dupla foi ampliada e voltou a fundir-se com o para-choque, agora com um “V” centralizado e grade inferior em três partes, devidamente com faróis de neblina.

Ainda com linha de cintura baixa e grande área envidraçada, o BMW 328i E90 perdeu-se no início do caminho. As lanternas traseiras antes da atualização eram de tamanho mal gosto, que simplesmente ofuscavam negativamente o conjunto da obra.

Sedã e perua chegavam a ser anedóticos com os “olhos” engraçados que formavam as lanternas.

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Cupé e conversível se salvaram com lanternas horizontais de design realmente moderno e que denotavam o nível da proposta do BMW 328i E90. Deve-se lembrar que o Série 3 cabrio dessa época é o único com teto rígido dobrável.

O facelift de meia vida do modelo trouxe um visual melhor.

Adotando faróis duplos maiores e com sobrancelhas elevadas, dando um olhar mais aguçado ao BMW 328i. O para-choque foi suavizado, mas as lanternas ganharam contornos mais adequados, entretanto, ainda muito distante do conjunto visto nos cupê e conversível, que acabaram mantendo o que já era bom.

Com tamanho que variava de 4,52 a 4,61 m de comprimento, assim como largura indo de 1,78 a 1,82 m, o BMW 328i chegou a ter de 1,38 a 1,42 m de altura, porém, sempre com 2,76 m de entre eixos.

Dotado de interior mais amplo, assim como porta-malas, o E90 também não foi tão bem no estilo interior.

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O painel com duas curvaturas para cluster e multimídia não agradam visualmente, embora a instrumentação clássica seja apreciável. O aplique prata no conjunto frontal reduziu a impressão de luxo que a E46 tinha.

O volante de três raios tinha bom aspecto, apesar do túnel e demais elementos parecerem muito mais funcionais do que elegantes.

Pode-se dizer que a E90 nasceu estilisticamente ruim e depois foi suavizada. Pelo menos na motorização, o BMW 328i evoluiu bem com o propulsor N52B30 com 3.0 litros e seis cilindros em linha.

Usado na versão entre 2007 e 2013, esse motor entregava normalmente 234 cavalos e 27,5 kgfm.

Último seis em linha do BMW 328i, o N52 fazia o bólido ir de 0 a 100 km/h em 7 segundos e ter máxima de mais de 240 km/h. O câmbio automático já era de seis marchas e a tração devidamente traseira.

E assim, a geração E90 findou em 2013 levando junto esta versão, mas a próxima renderia uma mudança significativa.

BMW 328i (F30) – a partir de 2013

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Em 2013, a geração F30 surgiu como um excelente projeto. Dessa vez a Série 3 perdeu os conversível e cupê, que viraram Série 4. Entretanto, ganhou a fastback chamada Gran Turismo. Em todas, o BMW 328i esteve presente.

Além disso, foi a primeira vez que o modelo passou a ser feito em Araquari, Santa Catarina.

Além disso, foi o primeiro Série 3 Flex e o primeiro 328i sem motor de seis cilindros. Com um estilo muito superior ao anterior, este BMW ampliou ainda mais as fronteiras para a marca, sendo feito na Alemanha (duas fábricas), África do Sul, Brasil, China (em versão longa), Egito, Índia, Indonésia, Malásia, Tailândia e Rússia.

Amplamente vendido no Brasil, o BMW 328i F30 foi bem-sucedido e ainda era emplacado por aqui depois da chegada da geração G20, que permaneceu durante um tempo apenas na pré-venda e importada da Alemanha.

Na época, o modelo F30 partia de R$ 169.950, sendo que o 328i era o topo de linha com preço de R$ 259.950, no pacote M Sport. No mercado de usados, os preços começam em R$ 76.000.

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Geração bem pensada, a F30 aboliu o motor de seis cilindros até o BMW 328i, adotando em seu lugar um propulsor novo, o N20B20 2.0 TwinPower Turbo de quatro cilindros e feito totalmente em alumínio, tendo turbocompressor com intercooler, injeção direta de combustível e tecnologia flex.

Inicialmente, o N20B20 do BMW 328i F30 entregava inicialmente 245 cavalos a 5.000 rpm e 35,7 kgfm a 1.250 rpm. Além disso, ele veio ainda com transmissão ZF 8HP de oito marchas, tendo também sistema Start&Stop, bem como a tração traseira.

Pesando 1.430 kg, o sedã de luxo alemão feito no Brasil vai de 0 a 100 km/h em 6,1 segundos e tem máxima limitada eletronicamente em 250 km/h.

Não só potente, o N20B20 é também econômico, fazendo bons 9,5 km/l na cidade e 13,5 km/l na estrada.

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A eficiência energética desse propulsor motivou a BMW a evoluir para o B48, um novo motor, ainda mais potente. Mas, o BMW 328i F30 evoluiu para a versão flex, cujo Start&Stop só é funcional com gasolina.

O desempenho não mudou, mas o consumo sim. Na média piorou, fazendo na gasolina 9,8 km/l na cidade e 12,5 km/l na estrada. No etanol, 6,4 e 8,5 km/l, respectivamente.

Com coeficiente aerodinâmico de 0,29 de cx, o BMW 328i F30 mede 4,624 m de comprimento, 1,811 m de largura, 1,429 m de altura e 2,810 m de entre eixos.

Tendo 480 litros no porta-malas e mais 60 no tanque, o modelo tem ainda bom espaço interno e plataforma muito equilibrada e rígida.

Até 2015, o BMW 328i F30 foi vendido em sua versão padrão, mas a partir de 2016, ganhou o pacote M Sport, que deu um ar mais esportivo ao modelo, incorporando um kit aerodinâmico da divisão M com spoilers pronunciados, saias laterais e defletor de ar traseiro, assim como linhas mais expressivas.

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A suspensão ganhou um ajuste mais esportivo, enquanto as rodas de liga leve M Sport com aros 19 polegadas vêm com pneus 225/40 R19 na frente e 255/35 R19 atrás. Agora o peso já está em 1.455 kg com as alterações.

No visual, o BMW 328i tem um aspecto sofisticado na geração F30, ganhando faróis full LED duplos com luzes diurnas em LED, mais prolongamento integrado à grade dupla tradicional.

Fiel ao DNA, o sedã de luxo mantém uma área envidraçada muito boa, assim como queda suave na traseira e porta-malas curto.

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As lanternas são bipartidas pela tampa do porta-malas e apresentam visual adequado, ainda não superando os cupê e conversível da geração E90. Capô longo e cabine recuada são características marcantes do BMW 328i.

Por dentro, o painel apresenta um visual esportivo, contando com cluster analógico de aspecto antiquado, mas agradável pela ligação com o passado. Ele é até moderno em relação ao X1, por exemplo, que é mais “old school”.

O desenho do conjunto frontal é leve e destaca a tela fixa da multimídia, tendo ainda materiais soft e aplique metálicos, tendo comandos de mídia e ar condicionado dual zone físicos, bem como botão de navegação do BMW ConnectedDrive no túnel central.

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Autor: Ricardo de Oliveira

Técnico mecânico, formado há 27 anos. Há 16 anos trabalha como jornalista no PG jogos, escreve sobre as mais recentes novidades do setor, frequenta eventos de lançamentos das montadoras e faz testes e avaliações. Suas redes sociais: Instagram, Facebook, X

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